Base Xinane - Abandonada pela falta de segurança |
A base da Frente de Proteção Etnoambiental do
Rio Envira, mantida pela Fundação Nacional do Índio (Funai) em defesa de tribos
que vivem isoladas na fronteira Brasil-Peru, voltou a ser invadida por
homens armados. Localizada numa das regiões mais remotas do país, a base
foi abandonada.
Narcotraficante português Fadista |
Em agosto do ano passado, a Funai anunciou a
invasão da base por um suposto grupo paramilitar peruano. Uma operação da
Polícia Federal, com uso de helicóptero, resultou pela segunda vez na captura
do narcotraficante português Joaquim Antonio Custódio Fadista.
O relatório enviado na
sexta-feira (30) ao sertanista Carlos Travassos, coordenador geral de Índios
Isolados e Recente Contato (CGIIRC) da Funai, em Brasília, “o auxiliar de
campo Bucho Baixo e o indígena Shupak Kampa” constataram a presença de não
índios nos arredores da base Xinane.
O indígena avistou um homem, não índio, de
cor branca, calvo e com camisa de cor clara, por volta das 19h30 do dia 27 de
março. O invasor estava próximo ao banheiro da base e portava uma arma,
que, inicialmente, desconfiavam fosse uma espingarda.
No dia seguinte, os dois colaboradores da
Funai viram dois homens armados, escondidos debaixo de um dos alojamentos da
base. Os homens chegaram a apontar suas armas e os colaboradores da Funai
tiveram que retornar para dentro da casa principal.
- Algum tempo depois escutaram disparo de
arma de fogo e um barulho como se a bala tivesse atingido a parede da casa. Os indivíduos
usavam trajes semelhantes, de camisas claras (brancas) e estavam armados com
rifles - acrescenta o relatório.
Por causa da insegurança, a base da Funai foi
abandonada pelo pessoal de apoio - três mateiros e uma cozinheira. A base
Xinane conta com antena do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) para
comunicação via satélite, rádio-amador, bateria solar e combustível.
Recentemente, foi abastecida com víveres suficientes para alimentar a equipe
por seis meses.
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