quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Último dia do Seminário e encontro das Etnias Indígenas do Maranhão.


Ontem seguiu-se o segundo dia do encontro das etnias indígenas do Maranhão, no total de quinze povos, que está sendo realizado no Hotel New Anápolis desde desta segunda-feira. O objetivo do encontro é a instalação do Comitê Regional da FUNAI do Maranhão de acordo com a Reestruturação da Fundação Nacional do Índio-FUNAI (Decreto 7.778/2012).

Hoje finaliza a programação deste seminário com apresentações culturais indígenas,  discussões e debates do que foi apresentado ao longo destes três dias.  

O encontro está sendo apoiado pelas Coordenações Locais Técnicas (CTL's) de todo estado, em nome da FUNAI Maranhão e Coapima  e outros (COIAB, Wity Cati, e CNPI).




Júlio César Coordenador FUNAI Maranhão









Fotos: José Carlos - CTL Amarante

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Encontro de Etnias Indígenas em Imperatriz -MA



            Ontem deu-se o iniciou do Seminário de Reestruturação e a instalação do Comitê Regional da FUNAI no Maranhão. A Coordenação Regional do Maranhão da Fundação Nacional do Índio( FUNAI) em conjunto com a  Coordenação das Organizações e Articulações dos Povos Indígenas do Maranhaão – COAPIMA organizam o encontro de todos  os povos indígenas do Maranhão: Guajajara, Ka’apor, Awá, Gavião, Krikati, Krenyê e Krepymkateyê para o Seminário de Reestruturação da FUNAI e instalação de Comitê Regional da FUNAI no Maranhão.


O evento está acontecendo no Hotel Anápolis no período de 26 a 28 de novembro de 2012 na cidade de Imperatriz.

A programação  iniciou-se com um belíssimo ritual indígena de canto e dança. Logo após a programação do seminário que tem como com o tema principal: A política Indigenista do Estado Brasileiro: Avanços e Desafios, contou com as palestras dos representantes da FUNAI de Brasília Francisco Pianco, da FUNAI do Maranhão Júlio César Gomes Pinho, da COAPIMA Sílvio Santana  da Silva  da Vice Coordenadora das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB) Valéria Paiê Pereira do Povo Kaxiana do estado do Amapá.Representantes do Ministério Público Federal Dr. Douglas Fernandes e  Dra. Natália Lourenço Soares e outros representantes. 
     
No encontro vai ser discutido o Decreto 7.778 de 27 de julho de 2012, que modifica a estrutura  da Diretoria de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável (DPDS) da FUNAI e a Estrutura e Funcionamento do Comitê Regional no novo modelo político administrativo desta Fundação.







Fonte:FUNAI ITZ
Fotos:Flávio Duarte/FPEA Awa-Guajá

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Representantes de 10 etnias do Maranhão e Amazonas participam de reunião na Funai



A presidenta da Funai, Marta Maria Azevedo, recebeu, em Brasília, 200 representantes de 10 etnias dos estados do Maranhão e Amazonas. A audiência foi solicitada pelos indígenas para discutir a situação vivenciada pelos povos e comunidades nos dois estados. Também participaram da reunião, o diretor de Proteção Territorial (DPT), Aluisio Ladeira Azanha, e assessores da presidência da Funai.

Representantes de cada etnia apresentaram as dificuldades vivenciadas nas suas regiões, tais como a invasão das terras indígenas por madeireiros, grileiros, caçadores e pescadores para exploração dos recursos naturais e a forte presença de não indígenas, morando em áreas já demarcadas. As lideranças reforçaram a solicitação de suas comunidades por medidas de demarcação, fiscalização e extrusão das terras indígenas. 

Aluisio Azanha reafirmou o compromisso que a Funai tem assumido com os povos indígenas do Maranhão, no sentido de fortalecer a gestão territorial e ambiental das terras indígenas e promover a continuidade das demarcações no estado, mesmo diante do cenário político adverso. Segundo ele, a Funai tem investido, nos últimos anos, em políticas de fiscalização a fim de garantir a posse plena das terras aos indígenas. No entanto, analisou que somente ações repressivas por parte do Estado brasileiro tem se mostrando insuficientes para reverter e enfrentar a problemática de invasões e atividades ilícitas nas terras indígenas, considerando a especificidade do contexto do estado do Maranhão.

O diretor exemplificou que, na TI Alto Turiaçu (MA), está em execução uma experiência de gestão do território, a partir de ações de vigilância e monitoramento, que articulam aspectos ligados ao etnodesenvolvimento, gestão ambiental e promoção social. A experiência conta com a participação efetiva dos povos indígenas e da Coordenação Regional da Funai em Imperatriz e, constatados os resultados positivos, deverá ser multiplicada às demais terras indígenas do estado.

Já a presidenta da Funai afirmou que o Maranhão é um estado prioritário para a gestão devido às dificuldades enfrentadas pelos povos indígenas. “O Maranhão foi o primeiro lugar que visitei ao assumir a Funai. Pude presenciar no local a exploração ilegal de madeira, e por isso mesmo, a proposta tem sido fazer projetos de desenvolvimento sustentável nas terras indígenas aliados ao monitoramento territorial com participação efetiva das comunidades”, afirmou.

Os indígenas ainda reivindicaram a revogação da Portaria 303/AGU e a instalação, pela Funai, do Comitê Gestor da Coordenação Regional em Imperatriz (MA). “Apenas com a instalação do Comitê vamos poder garantir a participação de todos os povos indígenas na gestão da Funai na nossa região”, disse a representante do Conselho de Articulação dos Povos Indígenas do Maranhão (Coapima).

Outra reivindicação dos indígenas foi a estruturação das Coordenações Técnicas Locais (CTLs) da Funai. Sobre o assunto, a presidenta afirmou estar em diálogo com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) para aprovação de um plano de investimento destinado a acelerar a instalação e estruturação das CTLs em todo o país.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Índios protestam em Brasília por revogação da Portaria 303.

Índios de nove etnias protestam ao lado do Palácio do Planalto. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Índios de nove etnias protestam ao lado do Palácio do Planalto
Um grupo de índios de nove etnias vindos do Maranhão e do Amazonas faziam, na tarde desta terça-feira, uma manifestação ao lado do Palácio do Planalto pedindo a revogação da Portaria 303 da Advocacia-Geral da União (AGU). Ainda sem data para entrar em vigor, a norma estende a todas as terras indígenas do País as condicionantes definidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento da demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em 2009.
Enfeitados com colares e tocando chocalhos, os índios cantam e dançam durante a manifestação. Eles querem conversar com o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, para pedir a revogação da portaria. Por isso, foram ao Palácio do Planalto, onde pensavam encontrá-lo.
O ministro tinha reunião agendada com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, durante a manhã. A reunião já foi encerrada, segundo assessores.
De acordo com o integrante do Conselho Indigenista Missionários (Cimi) Egon Heck, que acompanha os índios, além de protestar contra a portaria, eles reivindicam melhoria dos serviços de saúde e agilidade na demarcação de terras indígenas. "Pedimos urgência na solução da situação calamitosa de saúde indígena e também o controle da exploração ilegal de madeira nas áreas indígenas", disse Egon.
Lideranças indígenas argumentam que as regras colocadas na portaria ameaçam um processo já consolidado. Na prática, a medida proíbe, por exemplo, a ampliação de áreas indígenas já demarcadas, a venda ou arrendamento de qualquer parte desses territórios, quando significar a restrição do pleno usufruto, e a posse direta da área pelas comunidades indígenas.
Índio fuma em frente ao Palácio do Planalto durante manifestação em frente ao Palácio do Planalto nesta terça-feira (6) (Foto: Antonio Cruz/ABr)Após a polêmica provocada pela portaria, a AGU decidiu esperar a publicação do acórdão do STF para colocá-la em vigor. A data em que os ministros do STF julgarão os embargos ainda não está definida.
Publicada no dia 17 de julho, a Portaria 303 tem o objetivo de ajustar a atuação dos advogados públicos à decisão do próprio STF sobre a Raposa Serra do Sol.


quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Documentário sobre índios isolados é uma das atrações do Festcineamazônia


              O longa-metragem ‘Paralelo 10’ recebeu neste ano o prêmio de melhor filme no festival internacional – FICA 

O premiado filme ‘Paralelo 10’ será exibido na 10ª edição do Festival Latinoamericano de Cinema e Video – Festcineamazônia, realizado de 6 a 10 de novembro, no Teatro Banzeiros. A obra, dirigida por Silvio Da-Rin, fala sobre a situação dos índios isolados no Brasil na fronteira com o Peru. 

O longa-metragem, produzido no ano passado, recebeu o prêmio de melhor filme da mostra competitiva do 14º Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental - FICA, em julho e o melhor documentário no Festival de Cinema Brasileiro em Toronto, em outubro. 

O documentário narra a história de José Carlos Meirelles, um dos mais destacados sertanistas brasileiros que estava há um ano e meio afastado do Acre, e retorna à região do Paralelo 10º Sul, em companhia do antropólogo Terri de Aquino. O filme viaja com eles durante três semanas, subindo o Rio Envira, enfrentando vários tipos de obstáculo e se aproximando cada vez mais das malocas de índios isolados. 

Nessa jornada, Meirelles rememora experiências, expõe contradições de seu ofício e discute com índios Madijá e Ashaninka a melhor forma de se relacionar com os índios “brabos”, sem tentar amansá-los nem exterminá-los.
Carlos Meirelles e Terri de Aquino
O diretor de ‘Paralelo 10’, Silvio Da-Rin, faz documentários desde 1979. Dirigiu 14 filmes e vídeos, vários deles premiados em festivais brasileiros e internacionais. Foi por duas vezes presidente da Associação Brasileira de Documentaristas. Entre 2007 e 2010 desempenhou a função de secretário do audiovisual do Ministério da Cultura. Desde maio de 2010, é gerente executivo de Articulação Internacional e Licenciamento da Empresa Brasil de Comunicação - EBC/TV Brasil.

O Festcineamazônia acontece de 6 a 10 de novembro, no Teatro Banzeiros, em Porto Velho. O festival tem o patrocínio do BNDES, Governo Federal, Ministério da Cultura através da Lei Rouanet, Secretaria do Audiovisual, apoio cultural do Centro Técnico Audiovisual – CTAv e Governo de Rondônia através da Secretaria dos Esportes, da Cultura e do Lazer - SECEL.

SINOPSE
Mais de um ano e meio afastado do Acre, o sertanista José Carlos Meirelles retorna, em companhia do antropólogo Terri de Aquino, à região do Paralelo 10 Sul, linha de fronteira com o Peru. O filme viaja com eles durante três semanas, subindo o Rio Envira, enfrentando vários tipos de obstáculo e se aproximando cada vez mais das malocas de índios isolados. Nessa jornada, Meirelles rememora experiências, expõe contradições de seu ofício e discute com índios Madijá e Ashaninka a melhor forma de se relacionar com os índios “brabos”, sem tentar amansá-los nem exterminá-los.
SINOPSE CURTA
Um barco sobe o Rio Envira, no Acre, levando o sertanista José Carlos Meirelles e o antropólogo Terri de Aquino. Eles vão discutir com índios Madijá e Ashaninka como atenuar o tenso relacionamento com os índios “brabos” que habitam a região.

CRÉDITOS PRINCIPAIS
direção e roteiro Silvio Da-Rin
produção executiva Beth Formaggini
produção executiva de finalização Marcos Guttmann
direção de fotografia e câmera Dante Belluti
som direto Altyr Pereira
montagem Joana Collier
edição de som, música e mixagem Edson Secco

PARTICIPAÇÃO EM FESTIVAIS
Seleção para as seguintes mostras competitivas internacionais:
Estréia Mundial: Festival del Nuevo Cine Latinoamericano - Havana / Cuba
Festival Internacional de Cine en Guadalajara - México
Festival Internacional de Documentários É Tudo Verdade - São Paulo
Festival de Cinema Brasileiro em Paris - França








                                                                              Veja o Trailer Oficial.


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Lei de Cotas, Universidades e institutos federais para alunos índios

 


A presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje (15), no programa de rádio Café com a Presidenta, que o objetivo da Lei de Cotas é ampliar o acesso às universidades e institutos federais para os jovens de escolas públicas, negros e índios. No programa, ela destacou a assinatura da regulamentação da Lei de Cotas, publicada na edição desta segunda-feira do Diário Oficial da União.

“Essas universidades e os institutos estão entre os melhores do país e, muitas vezes, as pessoas vindas das escolas públicas têm dificuldade de ter acesso à universidade pública. Por isso, essa lei contribui para saldar uma dívida histórica do Brasil com os nossos jovens mais pobres”, disse.

Dilma explicou que, com a lei, as universidades e os institutos federais vão ter que reservar, no prazo de quatro anos, metade das vagas de todos os cursos para alunos de escolas públicas, levando em conta a renda familiar e a cor do estudante. Já no próximo ano, todas essas instituições terão que reservar, no mínimo, 12,5% das vagas para estudantes cotistas.

“Esses alunos passarão por processos seletivos para ter acesso às cotas. As universidades vão ter quatro anos para implantá-las de forma integral, mas os processos seletivos para as matrículas do ano que vem, inclusive aqueles que utilizam a nota do Enem, já devem reservar 12,5% das vagas para os alunos cotistas”, afirmou.

A presidenta destacou que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) está democratizando o acesso às universidades sem abrir mão do mérito de cada aluno. Ela disse que a nota do Enem é fundamental para o acesso dos estudantes às políticas governamentais de ensino superior, como o Prouni, o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e o programa Ciência sem Fronteiras, que garante bolsas de estudo no exterior.

“Eu quero dar um conselho para os quase 6 milhões de jovens que vão fazer as provas do Enem agora em novembro: que vocês peguem firme e estudem bastante, porque o Enem pode mudar a vida de vocês. Com o curso superior, o jovem e sua família têm oportunidade de melhorar de vida e ainda ajudar o país a se desenvolver”.


Café com a presidenta
www.cafe.ebc.com.br

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Candidato a vice-prefeito é preso com armas e drogas em Jenipapo dos Vieiras.


Indígenas da Reserva Canabrava exerceram a cidadania neste domingo (7) e votaram com tranquilidade em Jenipapo dos Vieiras, na região central do Estado, a 580 quilômetros de São Luís. Lá, são 11.196 aptos a votar, sendo 1.163 indígenas.

Desse total, exatamente 15% são indígenas da tribo guajajara. Na escola local, funcionam duas seções: uma com 258 e a outra com 246 eleitores. A votação começou cedo e houve índice de comparecimento alto.

A manhã de terça-feira (9) foi marcada por mais uma manifestação, tendo como motivo a insatisfação com os resultados das eleições municipais de domingo. Desta vez, o município que serviu de palco para o protesto foi Jenipapo dos Vieiras, onde populares e indígenas bloquearam a BR-226, na altura do povoado Santa Maria.

De acordo com a polícia, o movimento foi incentivado pelo candidato a vice-prefeito do município Osvaldo Amorim Soares, de 44 anos, filiado ao Partido Republicano Brasileiro (PRB) e que foi derrotado no pleito de domingo. Ele foi preso e autuado por porte ilegal de armas e tráfico de drogas, pelo fato de em sua casa ter sido apreendida uma grande quantidade de armas e drogas.
De acordo com o delegado regional de Barra do Corda, Alexsandro Passos Dias, a manifestação começou por volta das 9h, quando o candidato a vice e outros militantes do seu partido incentivaram os índios da região a bloquear a rodovia. Ao ser comunicada do ocorrido, a Secretaria de Segurança enviou policiais civis e militares ao local para conter a situação.
O delegado Alexsandro Dias informou que, durante a chegada dos policiais, houve muita correria e foi percebido que algumas pessoas estavam armadas. Foi iniciada, como disse o delegado, a perseguição aos suspeitos e durante a prisão deles aconteceu a localização do arsenal pertencente a Osvaldo Soares
As armas, segundo Alexsandro Dias, estavam numa casa do candidato localizada no povoado Santa Maria. Foram apreendidas nove armas brancas, entre facas e facões; seis revólveres, seis espingardas, uma pistola calibre 380, uma escopeta, 36 balas de diferentes calibres, 26 cartuchos e um carregador de pistola. Foram encontrados também quase 3 kg de maconha.
A operação que conteve a manifestação e resultou na prisão do candidato contou com a participação de 40 policiais militares e civis, coordenados pelo major Antônio Markus da Silva, comandante do 5º Batalhão de Polícia Militar, de Barra do Corda. Além de Osvaldo Soares, foram presos quatro moradores, portando armas de fogo: Antônio José da Silva Costa, João Batista Filho, Francisco Flávio Nazareno de Sousa e Paulo Guajajara.
O delegado Alexsandro Dias afirmou que os cinco presos foram autuados em flagrante por incentivo à desordem pública, porte ilegal de armas, tráfico de drogas e formação de milícias. Dias contou ainda que havia boatos de que os manifestantes pretendiam atear fogo na Prefeitura e na Câmara de Vereadores, mas apenas bloquearam a BR.

Por volta das 14h30 desta terça-feira (9), o trecho da BR-226, foi liberado. Segundo a polícia, cinco homens foram presos, entre eles o candidato a vice prefeito do partido PRB, Oswaldo Amorim Soares. Segundo o delegado, os suspeitos estão sendo ouvidos e as devidas medidas deverão ser tomadas após os depoimentos.

Fotos: Força Tática da PMMA


Liberado trecho da Estrada de Ferro Carajás ocupado por Guajajaras


Índios ocuparam trecho da rodovia na terça-feira (2). (Foto: Reprodução/O Estado)
Liberada na madrugada desta sexta-feira (5), a Estrada de Ferro Carajás (EFC), que estava bloqueada desde a manhã de terça-feira (2) por índios Guajajaras.
A informação foi confirmada pela assessoria da Vale. O trecho no Km 289 da ferrovia, entre os povoados de Mineirinho e Auzilândia, no município de Alto Alegre do Pindaré,que fica a 340 km de São Luís,foi bloqueado pelos  índios em protesto à portaria 303, da Advocacia Geral da União, que trata da  demarcação  de  terras indígenas.  As operações ferroviárias da EFC estavam paralisadas.
A viagem do trem de passageiros foi interrompida.  A assessoria da Vale não informou, até o momento, se houve reunião com os indígenas para negociar saída do local.

Liminar

A liberação da ferrovia havia sido determinada pela Justiça Eleitoral. A decisão liminar foi assinada pela juíza Clemência Maria Almada Lima de Angelo, que responde pela titularidade da 5ª Vara Federal.

Para garantir o cumprimento da decisão, uma equipe da Polícia Federal foi enviada ao local junto com representantes da Vale e da Funai no Maranhão. Segundo informações repassadas pela PF, não houve tentativa de reação no momento em que a polícia chegou ao local. Os indígenas teriam concordado com o cumprimento da decisão, mas, antes de liberar a ferrovia, querem acertar alguns detalhes com a Vale.


Em nota, a Vale informou que a manifestação dos indígenas não teve relação com a mineradora, e reforçou que repudia a invasão da rodovia.
Veja, abaixo, a nota na íntegra:
"A Vale informa que retomou na madrugada desta sexta-feira, 5 de outubro, as operações de transporte de carga na Estrada de Ferro Carajás (EFC). O Trem de Passageiros também voltará a circular, partindo neste sábado da estação de São Luis (MA) com destino a Parauapebas (PA).

A empresa obteve na noite de quarta-feira, 3 de outubro, liminar da 5ª Vara da Justiça Federal de São Luís determinando o imediato desbloqueio da Estrada de Ferro Carajás. Na manhã da última terça-feira, 2 de outubro, indígenas das comunidades Guajajaras e Awá-Guajá bloquearam a ferrovia no km 289, entre os povoados maranhenses de Mineirinho e Auzilândia, no município de Alto Alegre do Pindaré (MA). O ato se deu em protesto contra a Portaria 303 da Advocacia Geral da União, que trata sobre a salvaguarda de direitos indígenas. A manifestação não teve relação com a Vale.
A Vale reitera o seu repúdio a atos arbitrários e violentos de invasão da ferrovia e informa que pedirá à Policia Federal e ao Ministério Publico a apuração da autoria e materialidade do crime de perigo de desastre ferroviário, entre outros."

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Índios em ferrovia exigem vinda de coordenadores da Funai de Brasília.


Um grupo de índios Guajajara e Awa-Guajá interditaram, por volta das 9h20 desta terça-feira (2), o quilômetro 289 da Estrada de Ferro Carajás (EFC), trecho que compreende os povoados Mineirinho e Auzilândia, ambos pertencentes a Alto Alegre do Pindaré, cidade localizada a 340 quilômetros de São Luís.
De acordo com a assessoria da Vale, os índios protestam contra uma portaria da Advocacia Geral da União (AGU) que proíbe a ampliação de terras indígenas já demarcadas e a comercialização ou arrendamento de qualquer parte desses territórios.
Segundo nota distribuída pela mineradora, todas as operações ferroviárias da EFC estão paralisadas e a viagem do trem de passageiros com destino a São Luís foram interrompidas. Todos os passageiros deverão desembarcar em Açailândia, através de um ônibus disponibilizado pela empresa.
No documento, a Vale afirma que a reivindicação não tem relação direta com a mineradora e que repudia quaisquer manifestações violentas que coloquem em risco seus empregados, passageiros, suas operações e que firam o Estado Democrático de Direito. Informa ainda que acionará ‘todos os meios legais para responsabilizar os invasores civil e criminalmente’.

Há dois dias índios Guajajaras e Awá-Guajás mantêm a interdição da ferrovia, em Alto Alegre do Pindaré.
Três cargueiros estão parados. As composições transportam, diariamente, 370 mil toneladas de minério de Ferro. As viagens no trem de passageiros também estão suspensas por tempo indeterminado. Os índios pedem a revogação da portaria 303, da Advocacia Geral da União.

Os índios fizeram barricadas para impedir a passagem dos trens. Índios vindos de outras reservas do Estado chegam ao local para apoiar a manifestação. As lideranças indígenas afirmam que aceitam negociar a saída da ferrovia, mas exigem que membros da coordenação da Funai (Fundação Nacional do Índio) de Brasília venham ao Maranhão. A Funai ainda não se pronunciou sobre o assunto.

Determinação 
A Justiça Federal determinou, ontem (3), a imediata desobstrução da Estrada de Ferro. A decisão liminar foi assinada pela juíza Clemência Almada Lima, que está respondendo pela 5ª Vara Federal. A ação foi interposta pela Vale, contra Marcilene Guajajara, Rosilene Guajajara e Antonio Filho Guajajara, indígenas e caciques da Aldeia Maçaranduba.

Na ação, a mineradora alega que o movimento reivindicatório não possui relação direta com a empresa e que a interrupção impede que haja o devido cumprimento do contrato de concessão entre a Vale a União, “o que poderia acarretar na paralisação de suas atividades produtivas”.

Na liminar a magistrada também determina que os caciques se abstenham de praticar qualquer ato que possa “dificultar, impedir turbar ou molestar a posse que a Vale exerce sobre as instalações da EFC, bem como se abstenham de impedir a livre passagem das composições ferroviárias e nãoo pratiquem qualquer ato que possa acarretar prejuízo às instalações e trens da mineradora”. Em caso de descumprimento da decisão, foi determinada o pagamento de multa diária no valor de R$ 50 mil.

Portaria AGU 303 :



quinta-feira, 13 de setembro de 2012

MPF denuncia assassinato de criança indígena em Arame, no Maranhão


A criança foi atingida por um tiro na cabeça no momento em que estava com outros seis índios na área de vivência da aldeia.
O Ministério Público Federal no Maranhão denunciou Manoel de Jesus Sousa, mais conhecido como “Manoel Benevides”, por homicídio cometido contra a menor indígena M.A.S.P.G. da aldeia Anajá. O crime aconteceu na noite do dia 05 de maio de 2008, na aldeia localizada na Terra Indígena Araribóia, no município de Arame (MA).
Manoel de Jesus Sousa é acusado de ter efetuado seis disparos de arma de fogo contra sete índios que estavam na área de vivência da aldeia. Um dos tiros atingiu a cabeça da criança, o que ocasionou imediatamente a sua morte. Outro menor indígena de 14 anos também foi atingido com os disparos.
Conforme relatado pelas testemunhas, o grupo já vinha sendo ameaçado e ofendido por Manoel, que é filho de um conhecido fazendeiro do município.
Segundo o autor da denúncia, o procurador da República Juraci Guimarães Júnior, o crime contra a criança indígena foi brutal e covarde, chegando, inclusive, a mobilizar organizações internacionais de proteção indígena. “É fundamental que o Estado brasileiro dê uma resposta rápida e efetiva a esses crimes que atentam contra a vida humana de uma criança e contra uma etnia minoritária e tão discriminada pela sociedade, ” acrescentou.
Caso Manoel de Jesus Sousa seja julgado culpado pelo Tribunal do Júri, será condenado a cumprir pena que varia de 12 a 30 anos.
Com informações da Assessoria de Comunicação do MPFMA

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

FUNAI investiga massacre de 80 índios.

Mulheres Yanomami no estado de Amazonas.
A Fundação Nacional do Índio (Funai) está investigando a denúncia de massacre de indígenas ianomâmi por garimpeiros em uma aldeia na fronteira entre o Brasil e a Venezuela. Uma equipe de técnicos da instituição está em contato com grupos indígenas na região via

Garimpeiros brasileiros teriam massacrado Yanomamis na Venezuela

Maloca yanomâmi em meio à mata

Primeiros relatos falam de índios mortos a tiros e por incêndio. Alta das cotações internacionais de ouro estimula invasão de territórios e atos de barbárie
[Título original: "Organizações indígenas venezuelanas denunciam novo genocídio de Yanomami por garimpeiros brasileiros"]
O relato está baseado no depoimento de três sobreviventes, que estavam na floresta no momento do ataque dos garimpeiros contra a casa coletiva da comunidade Irotatheri, na fronteira do Brasil com a Venezuela. O número