terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Polícia militar, políticos e prefeituras alimentam esquema de venda de madeira na terra indígena Alto Turiaçu.






A PF (Polícia Federal) deflagrou, em dezembro de  2012, operação para coibir a extração ilegal de madeira em terras indígenas nos municípios de Maranhãozinho (800 km de São Luís) e Centro do Guilherme (450 km de São Luís), no noroeste do Maranhão. Trinta e quatro policiais cumpriram os sete mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça. A operação Copi'i (que em tupi-guarani quer dizer cupim) desbaratou uma suposta quadrilha que, segundo as investigações, é formada por madeireiros policiais militares e políticos da região, ajudados por alguns indígenas que são a favor do desmatamento*. A PF não divulgou os nomes dos envolvidos. Todos vão responder processo em liberdade. Os acusados responderão por corrupção passiva, concussão (exigir para si ou para outro dinheiro ou vantagem em razão da função), prevaricação (retardar ou deixar de praticar ato de ofício), formação de quadrilha ou bando e peculato (funcionário público que toma posse de algo pertencente à administração pública). A PF informou que o esquema de retirada ilegal da madeira contava com a participação da Prefeitura de Centro do Guilherme, que cobraria uma taxa para que os caminhões de madeireiros entrassem na reserva e retirassem toras. A madeira seria vendida a serrarias. A investigação apontou que o dinheiro arrecadado com a entrada dos caminhoneiros não ia para os cofres públicos, mas sim, era desviado para os integrantes da quadrilha. "Ao pagar a taxa o caminhoneiro recebia um ticket, que comprovava o pagamento e dava direito de ingressar na reserva. Esse controle de entrada dos caminhões era feito por guardas municipais armados ilegalmente instalados em 'barreiras/cancelas' no povoado Centro do Elias e na zona rural de Maranhãozinho, sob supervisão de um subtenente da Polícia Militar da região", informou a PF, por meio de nota. Segundo a PF, além da acusação de corrupção, a atividade era ilegal, pois não tinha autorização do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Meio Ambiente) ou da FUNAI (Fundação Nacional Índio). As investigações tiveram início com a Operação Arco de Fogo, em 2011, com o levantamento de informações sobre desmatamento na reserva indígena Alto Turiaçu, do Maranhão, que gerou um inquérito da PF. 

* Dentro das Terra Indígenas sempre tem alguns índios que cometem crimes ambientais, ajudando criminosos não índios. Em porcentagens estes delituosos são menos de 1% da população da aldeia.  Em geral a maioria dos índios denunciam a derrubada de madeira.

Desmatamento da área Alto Turiaçu até 2008.

http://www.ipam.org.br/saiba-mais/Desmatamento-em-Foco/9

Para maiores informações da devastação da matas e florestas do nosso país acessem os sites:


2 comentários:

  1. É ótimo tirar um madeira de lei de cem anos de uma mata, vender a bom preço e gastar com farra,e outras banalidades e não receber nenhuma punição para isso. Um negócio da China.

    JJ benitez

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  2. Bom mesmo é ver os gastos exorbitantes dessas operações pelo governo (dinheiro nosso, dos impostos) e não ver nenhum tubarão preso, nem madeireira fechada. Só os "Pé Rapado" presos e sem punição.(uma autuação ali e pronto, todo mundo solto). Que desastre essas Operações Fajutas.

    Se quer acabar, que vá onde é praticado o comércio.

    Fim de papo."Neste país tudo acaba em pizza"

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