O evento da Fundação
Nacional do Índio (Funai) na Rio+20 foi aberto nesta quinta-feira, 14, pela
presidente da Funai, Marta Maria Azevedo, com apresentação do processo
participativo de
construção da Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial em Terras Indígenas (PNGATI). Assinada pela presidenta Dilma Rousseff no dia Mundial do Meio Ambiente, a PNGATI foi elaborada a partir de uma demanda dos povos indígenas por princípios e diretrizes de gestão territorial e ambiental. Desde o início das discussões, em 2008, houve cinco grandes consultas regionais e várias locais, com a contribuição de 1200 indígenas.
construção da Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial em Terras Indígenas (PNGATI). Assinada pela presidenta Dilma Rousseff no dia Mundial do Meio Ambiente, a PNGATI foi elaborada a partir de uma demanda dos povos indígenas por princípios e diretrizes de gestão territorial e ambiental. Desde o início das discussões, em 2008, houve cinco grandes consultas regionais e várias locais, com a contribuição de 1200 indígenas.
Para Marta Azevedo, com a assinatura
do decreto se inicia uma nova etapa de implantação da política. “A Funai está
comprometida, junto com o MMA, de seguir construindo essa política, incluindo
planos de manejo e a recuperação ambiental de áreas devastadas em terras
indígenas, com o olhar para o futuro”. Marta acrescentou que, quando se discute
o futuro do meio ambiente, é preciso lembrar que “as terras indígenas são
responsáveis pela preservação de 30% da biodiversidade brasileira e que a
sociodiversidade, os conhecimentos tradicionais, são fundamentais para a
manutenção dessa biodiversidade”, concluiu.

Para Marcos Tupã, da região da Mata
Atlântica, que acompanhou as discussões da PNGATI desde o início, essa
construção foi um aprendizado. “Hoje todas as terras indígenas estão
contempladas na política”, comemorou, dizendo que o foco anterior era apenas na
Amazônia brasileira. “É necessário discutir diretrizes e demandas para as
pequenas áreas - preservadas e também degradadas-, repensar a recuperação,
principalmente das regiões Sul e Sudeste”, defendeu.
“Este é um momento muito
importante para os povos do Pantanal, pela primeira vez construímos um projeto
juntos (indígenas e governo)”, afirma Lísio Lili. Para ele, ainda há muito o
que fazer pelos índios do Mato Grosso do Sul, que sofrem um processo de
empobrecimento, com doenças e incapazes de produzir o próprio alimento.
“Temos pouco tempo experimentando a vida de fazermos por nós mesmos, mas vamos
trabalhar para mudar o quadro de dificuldades do Pantanal, de territórios
pequenos, mas com povos esperançosos. A Funai vai ter apoio dos indígenas para
escrever a história de luta do nosso povo”, finalizou.
O evento da Funai na Rio+20 segue
nesta sexta-feira, 15, com um painel sobre Etnodesenvolvimento Econômico e
Segurança Alimentar e Nutricional, pela manhã, e Programas de Compensação
Socioambiental na Visão dos Povos Indígenas Waimiri-Atroari e Tapeba, à tarde.
Nenhum comentário:
Postar um comentário